BERTHA LUTZ (1894-1976)
Nascida no final do século X!X, filha do cientista Adolfo Lutz, formou-se em Biologia e Zoologia, num tempo em que a única profissão socialmente aceita para as mulheres era a de professora primária, pelo Código Civil, elas precisavam da autorização dos maridos para trabalhar fora de casa. Em 1922, Bertha fundou a "Federação Brasileira pelo Progresso Feminino", que reivindicaria para as mulheres direitos que hoje nos parecem óbvios, como votar, escolher domicílios e trabalho. Estas reivindicações, levadas a manifestações públicas, despertavam a hostilidade da opinião popular contra as primeiras feministas, que se defrontaram até com repressão militar. Bertha Lutz enfrentou tudo com a mais absoluta coragem feminina. Em 1928, em Lages (RG), pela primeira vez no continente, uma mulher foi eleita, no primeiro pleito em que as mulheres puderam votar. Apenas em 1932, uma lei estabeleceria de vez o voto feminino.
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Cecília Meireles
"...Liberdade, essa palavra
que o sonho humano alimenta
que não há ninguém que explique
e ninguém que não entenda..."
(Romanceiro da Inconfidência)
Filha de Carlos Alberto de Carvalho Meireles, funcionário do Banco do Brasil S.A., e de D. Matilde Benevides Meireles, professora municipal, Cecília Benevides de Carvalho Meireles nasceu em 7 de novembro de 1901, na Tijuca, Rio de Janeiro. Foi a única sobrevivente dos quatros filhos do casal. O pai faleceu três meses antes do seu nascimento, e sua mãe quando ainda não tinha três anos. Criou-a, a partir de então, sua avó D. Jacinta Garcia Benevides. Escreveria mais tarde:"Nasci aqui mesmo no Rio de Janeiro, três meses depois da morte de meu pai, e perdi minha mãe antes dos três anos. Essas e outras mortes ocorridas na família acarretaram muitos contratempos materiais, mas, ao mesmo tempo, me deram, desde pequenina, uma tal intimidade com a Morte que docemente aprendi essas relações entre o Efêmero e o Eterno.
(...) Em toda a vida, nunca me esforcei por ganhar nem me espantei por perder. A noção ou o sentimento da transitoriedade de tudo é o fundamento mesmo da minha personalidade.
(...) Minha infância de menina sozinha deu-me duas coisas que parecem negativas, e foram sempre positivas para mim: silêncio e solidão. Essa foi sempre a área de minha vida. Área mágica, onde os caleidoscópios inventaram fabulosos mundos geométricos, onde os relógios revelaram o segredo do seu mecanismo, e as bonecas o jogo do seu olhar. Mais tarde foi nessa área que os livros se abriram, e deixaram sair suas realidades e seus sonhos, em combinação tão harmoniosa que até hoje não compreendo como se possa estabelecer uma separação entre esses dois tempos de vida, unidos como os fios de um pano."Conclui seus primeiros estudos — curso primário — em 1910, na Escola Estácio de Sá, ocasião em que recebe de Olavo Bilac, Inspetor Escolar do Rio de Janeiro, medalha de ouro por ter feito todo o curso com "distinção e louvor". Diplomando-se no Curso Normal do Instituto de Educação do Rio de Janeiro, em 1917, passa a exercer o magistério primário em escolas oficiais do antigo Distrito Federal.
Dois anos depois, em 1919, publica seu primeiro livro de poesias, "Espectro". Seguiram-se "Nunca mais... e Poema dos Poemas", em 1923, e "Baladas para El-Rei, em 1925.
Casa-se, em 1922, com o pintor português Fernando Correia Dias, com quem tem três filhas: Maria Elvira, Maria Mathilde e Maria Fernanda, esta última artista teatral consagrada. Suas filhas lhe dão cinco netos.
Publica, em Lisboa - Portugal, o ensaio "O Espírito Vitorioso", uma apologia do Simbolismo.
Correia Dias suicida-se em 1935. Cecília casa-se, em 1940, com o professor e engenheiro agrônomo Heitor Vinícius da Silveira Grilo.
De 1930 a 1931, mantém no Diário de Notícias uma página diária sobre problemas de educação.
Em 1934, organiza a primeira biblioteca infantil do Rio de Janeiro, ao dirigir o Centro Infantil, que funcionou durante quatro anos no antigo Pavilhão Mourisco, no bairro de Botafogo.
Profere, em Lisboa e Coimbra - Portugal, conferências sobre Literatura Brasileira.
De 1935 a 1938, leciona Literatura Luso-Brasileira e de Técnica e Crítica Literária, na Universidade do Distrito Federal (hoje UFRJ).
Publica, em Lisboa - Portugal, o ensaio "Batuque, Samba e Macumba", com ilustrações de sua autoria.
Colabora ainda ativamente, de 1936 a 1938, no jornal A Manhã e na revista Observador Econômico.
A concessão do Prêmio de Poesia Olavo Bilac, pela Academia Brasileira de Letras, ao seu livro Viagem, em 1939, resultou de animados debates, que tornaram manifesta a alta qualidade de sua poesia.
Publica, em 1939/1940, em Lisboa - Portugal, em capítulos, "Olhinhos de Gato" na revista "Ocidente".
Em 1940, leciona Literatura e Cultura Brasileira na Universidade do Texas (USA).
Em 1942, torna-se sócia honorária do Real Gabinete Português de Leitura, no Rio de Janeiro (RJ).
Aposenta-se em 1951 como diretora de escola, porém continua a trabalhar, como produtora e redatora de programas culturais, na Rádio Ministério da Educação, no Rio de Janeiro (RJ).
Em 1952, torna-se Oficial da Ordem de Mérito do Chile, honraria concedida pelo país vizinho.
Realiza numerosas viagens aos Estados Unidos, à Europa, à Ásia e à África, fazendo conferências, em diferentes países, sobre Literatura, Educação e Folclore, em cujos estudos se especializou.
Torna-se sócia honorária do Instituto Vasco da Gama, em Goa, Índia, em 1953.
Em Délhi, Índia, no ano de 1953, é agraciada com o título de Doutora Honoris Causa da Universidade de Délhi.
Recebe o Prêmio de Tradução/Teatro, concedido pela Associação Paulista de Críticos de Arte, em 1962.
No ano seguinte, ganha o Prêmio Jabuti de Tradução de Obra Literária, pelo livro "Poemas de Israel", concedido pela Câmara Brasileira do Livro.
Seu nome é dado à Escola Municipal de Primeiro Grau, no bairro de Cangaíba, São Paulo (SP), em 1963.
Falece no Rio de Janeiro a 9 de novembro de 1964, sendo-lhe prestadas grandes homenagens públicas. Seu corpo é velado no Ministério da Educação e Cultura. Recebe, ainda em 1964, o Prêmio Jabuti de Poesia, pelo livro "Solombra", concedido pela Câmara Brasileira do Livro.
Ainda em 1964, é inaugurada a Biblioteca Cecília Meireles em Valparaiso, Chile.
Em 1965, é agraciada com o Prêmio Machado de Assis, pelo conjunto de sua obra, concedido pela Academia Brasileira de Letras. O Governo do então Estado da Guanabara denomina Sala Cecília Meireles o grande salão de concertos e conferências do Largo da Lapa, na cidade do Rio de Janeiro. Em São Paulo (SP), torna-se nome de rua no Jardim Japão.
Em 1974, seu nome é dado a uma Escola Municipal de Educação Infantil, no Jardim Nove de Julho, bairro de São Mateus, em São Paulo (SP).
Uma cédula de cem cruzados novos, com a efígie de Cecília Meireles, é lançada pelo Banco Central do Brasil, no Rio de Janeiro (RJ), em 1989.
Em 1991, o nome da escritora é dado à Biblioteca Infanto-Juvenil no bairro Alto da Lapa, em São Paulo (SP).
O governo federal, por decreto, instituiu o ano de 2001 como "O Ano da Literatura Brasileira", em comemoração ao sesquicentenário de nascimento do escritor Silvio Romero e ao centenário de nascimento de Cecília Meireles, Murilo Mendes e José Lins do Rego.
Há uma rua com o seu nome em São Domingos de Benfica, uma freguesia da cidade de Lisboa. Na cidade de Ponta Delgada, capital do arquipélago dos Açores, há uma avenida com o nome da escritora, que era neta de açorianos.
Traduziu peças teatrais de Federico Garcia Lorca, Rabindranath Tagore, Rainer Rilke e Virginia Wolf.
Sua poesia, traduzida para o espanhol, francês, italiano, inglês, alemão, húngaro, hindu e urdu, e musicada por Alceu Bocchino, Luis Cosme, Letícia Figueiredo, Ênio Freitas, Camargo Guarnieri, Francisco Mingnone, Lamartine Babo, Bacharat, Norman Frazer, Ernest Widma e Fagner, foi assim julgada pelo crítico Paulo Rónai:
"Considero o lirismo de Cecília Meireles o mais elevado da moderna poesia de língua portuguesa. Nenhum outro poeta iguala o seu desprendimento, a sua fluidez, o seu poder transfigurador, a sua simplicidade e seu preciosismo, porque Cecília, só ela, se acerca da nossa poesia primitiva e do nosso lirismo espontâneo...A poesia de Cecília Meireles é uma das mais puras, belas e válidas manifestações da literatura contemporânea.
que o sonho humano alimenta
que não há ninguém que explique
e ninguém que não entenda..."
(Romanceiro da Inconfidência)
Filha de Carlos Alberto de Carvalho Meireles, funcionário do Banco do Brasil S.A., e de D. Matilde Benevides Meireles, professora municipal, Cecília Benevides de Carvalho Meireles nasceu em 7 de novembro de 1901, na Tijuca, Rio de Janeiro. Foi a única sobrevivente dos quatros filhos do casal. O pai faleceu três meses antes do seu nascimento, e sua mãe quando ainda não tinha três anos. Criou-a, a partir de então, sua avó D. Jacinta Garcia Benevides. Escreveria mais tarde:"Nasci aqui mesmo no Rio de Janeiro, três meses depois da morte de meu pai, e perdi minha mãe antes dos três anos. Essas e outras mortes ocorridas na família acarretaram muitos contratempos materiais, mas, ao mesmo tempo, me deram, desde pequenina, uma tal intimidade com a Morte que docemente aprendi essas relações entre o Efêmero e o Eterno.
(...) Em toda a vida, nunca me esforcei por ganhar nem me espantei por perder. A noção ou o sentimento da transitoriedade de tudo é o fundamento mesmo da minha personalidade.
(...) Minha infância de menina sozinha deu-me duas coisas que parecem negativas, e foram sempre positivas para mim: silêncio e solidão. Essa foi sempre a área de minha vida. Área mágica, onde os caleidoscópios inventaram fabulosos mundos geométricos, onde os relógios revelaram o segredo do seu mecanismo, e as bonecas o jogo do seu olhar. Mais tarde foi nessa área que os livros se abriram, e deixaram sair suas realidades e seus sonhos, em combinação tão harmoniosa que até hoje não compreendo como se possa estabelecer uma separação entre esses dois tempos de vida, unidos como os fios de um pano."Conclui seus primeiros estudos — curso primário — em 1910, na Escola Estácio de Sá, ocasião em que recebe de Olavo Bilac, Inspetor Escolar do Rio de Janeiro, medalha de ouro por ter feito todo o curso com "distinção e louvor". Diplomando-se no Curso Normal do Instituto de Educação do Rio de Janeiro, em 1917, passa a exercer o magistério primário em escolas oficiais do antigo Distrito Federal.
Dois anos depois, em 1919, publica seu primeiro livro de poesias, "Espectro". Seguiram-se "Nunca mais... e Poema dos Poemas", em 1923, e "Baladas para El-Rei, em 1925.
Casa-se, em 1922, com o pintor português Fernando Correia Dias, com quem tem três filhas: Maria Elvira, Maria Mathilde e Maria Fernanda, esta última artista teatral consagrada. Suas filhas lhe dão cinco netos.
Publica, em Lisboa - Portugal, o ensaio "O Espírito Vitorioso", uma apologia do Simbolismo.
Correia Dias suicida-se em 1935. Cecília casa-se, em 1940, com o professor e engenheiro agrônomo Heitor Vinícius da Silveira Grilo.
De 1930 a 1931, mantém no Diário de Notícias uma página diária sobre problemas de educação.
Em 1934, organiza a primeira biblioteca infantil do Rio de Janeiro, ao dirigir o Centro Infantil, que funcionou durante quatro anos no antigo Pavilhão Mourisco, no bairro de Botafogo.
Profere, em Lisboa e Coimbra - Portugal, conferências sobre Literatura Brasileira.
De 1935 a 1938, leciona Literatura Luso-Brasileira e de Técnica e Crítica Literária, na Universidade do Distrito Federal (hoje UFRJ).
Publica, em Lisboa - Portugal, o ensaio "Batuque, Samba e Macumba", com ilustrações de sua autoria.
Colabora ainda ativamente, de 1936 a 1938, no jornal A Manhã e na revista Observador Econômico.
A concessão do Prêmio de Poesia Olavo Bilac, pela Academia Brasileira de Letras, ao seu livro Viagem, em 1939, resultou de animados debates, que tornaram manifesta a alta qualidade de sua poesia.
Publica, em 1939/1940, em Lisboa - Portugal, em capítulos, "Olhinhos de Gato" na revista "Ocidente".
Em 1940, leciona Literatura e Cultura Brasileira na Universidade do Texas (USA).
Em 1942, torna-se sócia honorária do Real Gabinete Português de Leitura, no Rio de Janeiro (RJ).
Aposenta-se em 1951 como diretora de escola, porém continua a trabalhar, como produtora e redatora de programas culturais, na Rádio Ministério da Educação, no Rio de Janeiro (RJ).
Em 1952, torna-se Oficial da Ordem de Mérito do Chile, honraria concedida pelo país vizinho.
Realiza numerosas viagens aos Estados Unidos, à Europa, à Ásia e à África, fazendo conferências, em diferentes países, sobre Literatura, Educação e Folclore, em cujos estudos se especializou.
Torna-se sócia honorária do Instituto Vasco da Gama, em Goa, Índia, em 1953.
Em Délhi, Índia, no ano de 1953, é agraciada com o título de Doutora Honoris Causa da Universidade de Délhi.
Recebe o Prêmio de Tradução/Teatro, concedido pela Associação Paulista de Críticos de Arte, em 1962.
No ano seguinte, ganha o Prêmio Jabuti de Tradução de Obra Literária, pelo livro "Poemas de Israel", concedido pela Câmara Brasileira do Livro.
Seu nome é dado à Escola Municipal de Primeiro Grau, no bairro de Cangaíba, São Paulo (SP), em 1963.
Falece no Rio de Janeiro a 9 de novembro de 1964, sendo-lhe prestadas grandes homenagens públicas. Seu corpo é velado no Ministério da Educação e Cultura. Recebe, ainda em 1964, o Prêmio Jabuti de Poesia, pelo livro "Solombra", concedido pela Câmara Brasileira do Livro.
Ainda em 1964, é inaugurada a Biblioteca Cecília Meireles em Valparaiso, Chile.
Em 1965, é agraciada com o Prêmio Machado de Assis, pelo conjunto de sua obra, concedido pela Academia Brasileira de Letras. O Governo do então Estado da Guanabara denomina Sala Cecília Meireles o grande salão de concertos e conferências do Largo da Lapa, na cidade do Rio de Janeiro. Em São Paulo (SP), torna-se nome de rua no Jardim Japão.
Em 1974, seu nome é dado a uma Escola Municipal de Educação Infantil, no Jardim Nove de Julho, bairro de São Mateus, em São Paulo (SP).
Uma cédula de cem cruzados novos, com a efígie de Cecília Meireles, é lançada pelo Banco Central do Brasil, no Rio de Janeiro (RJ), em 1989.
Em 1991, o nome da escritora é dado à Biblioteca Infanto-Juvenil no bairro Alto da Lapa, em São Paulo (SP).
O governo federal, por decreto, instituiu o ano de 2001 como "O Ano da Literatura Brasileira", em comemoração ao sesquicentenário de nascimento do escritor Silvio Romero e ao centenário de nascimento de Cecília Meireles, Murilo Mendes e José Lins do Rego.
Há uma rua com o seu nome em São Domingos de Benfica, uma freguesia da cidade de Lisboa. Na cidade de Ponta Delgada, capital do arquipélago dos Açores, há uma avenida com o nome da escritora, que era neta de açorianos.
Traduziu peças teatrais de Federico Garcia Lorca, Rabindranath Tagore, Rainer Rilke e Virginia Wolf.
Sua poesia, traduzida para o espanhol, francês, italiano, inglês, alemão, húngaro, hindu e urdu, e musicada por Alceu Bocchino, Luis Cosme, Letícia Figueiredo, Ênio Freitas, Camargo Guarnieri, Francisco Mingnone, Lamartine Babo, Bacharat, Norman Frazer, Ernest Widma e Fagner, foi assim julgada pelo crítico Paulo Rónai:
"Considero o lirismo de Cecília Meireles o mais elevado da moderna poesia de língua portuguesa. Nenhum outro poeta iguala o seu desprendimento, a sua fluidez, o seu poder transfigurador, a sua simplicidade e seu preciosismo, porque Cecília, só ela, se acerca da nossa poesia primitiva e do nosso lirismo espontâneo...A poesia de Cecília Meireles é uma das mais puras, belas e válidas manifestações da literatura contemporânea.
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Adélia Prado
Adélia Luzia Prado Freitas nasceu em Divinópolis, Minas Gerais, no dia 13 de dezembro de 1935, filha do ferroviário João do Prado Filho e de Ana Clotilde Corrêa. Leva uma vidinha pacata naquela cidade do interior: inicia seus estudos no Grupo Escolar Padre Matias Lobato e mora na rua Ceará.
No ano de 1950 falece sua mãe. Tal acontecimento faz com que a autora escreva seus primeiros versos. Nessa época conclui o curso ginasial no Ginásio Nossa Senhora do Sagrado Coração, naquela cidade.
No ano seguinte inicia o curso de Magistério na Escola Normal Mário Casassanta, que conclui em 1953. Começa a lecionar no Ginásio Estadual Luiz de Mello Viana Sobrinho em 1955.
Em 1958 casa-se, em Divinópolis, com José Assunção de Freitas, funcionário do Banco do Brasil S.A. Dessa união nasceriam cinco filhos: Eugênio (em 1959), Rubem (1961), Sarah (1962), Jordano (1963) e Ana Beatriz (1966).
Antes do nascimento da última filha, a escritora e o marido iniciam o curso de Filosofia da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Divinópolis.
Em 1972 morre seu pai e, em 1973, forma-se em Filosofia. Nessa ocasião envia carta e originais de seus novos poemas ao poeta e crítico literário Affonso Romano de Sant'Anna, que os submete à apreciação de Carlos Drummond de Andrade.
"Moça feita, li Drummond a primeira vez em prosa. Muitos anos mais tarde, Guimarães Rosa, Clarisse. Esta é a minha turma, pensei. Gostam do que eu gosto. Minha felicidade foi imensa.Continuava a escrever, mas enfadara-me do meu próprio tom, haurido de fontes que não a minha. Até que um dia, propriamente após a morte do meu pai, começo a escrever torrencialmente e percebo uma fala minha, diversa da dos autores que amava. É isto, é a minha fala."Em 1975, Drummond sugere a Pedro Paulo de Sena Madureira, da Editora Imago, que publique o livro de Adélia, cujos poemas lhe pareciam "fenomenais". O poeta envia os originais ao editor daquele que viria a ser Bagagem. No dia 09 de outubro, Drummond publica uma crônica no Jornal do Brasil chamando a atenção para o trabalho ainda inédito da escritora.
"Bagagem, meu primeiro livro, foi feito num entusiasmo de fundação e descoberta nesta felicidade. Emoções para mim inseparáveis da criação, ainda que nascidas, muitas vezes, do sofrimento. Descobri ainda que a experiência poética é sempre religiosa, quer nasça do impacto da leitura de um texto sagrado, de um olhar amoroso sobre você, ou de observar formigas trabalhando."O livro é lançado no Rio, em 1976, com a presença de Antônio Houaiss, Raquel Jardim, Carlos Drummond de Andrade, Clarice Lispector, Juscelino Kubitscheck, Affonso Romano de Sant'Anna, Nélida Piñon e Alphonsus de Guimaraens Filho, entre outros.
O ano de 1978 marca o lançamento de O coração disparado que é agraciado com o Prêmio Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro.
Estréia em prosa no ano seguinte, com Soltem os cachorros. Com o sucesso de sua carreira de escritora vê-se obrigada a abandonar o magistério, após 24 anos de trabalho. Nesse período ensinou no Instituto Nossa Senhora do Sagrado Coração, Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Divinópolis, Fundação Geraldo Corrêa — Hospital São João de Deus, Escola Estadual são Vicente e Escola Estadual Matias Cyprien, lecionando Educação Religiosa, Moral e Cívica, Filosofia da Educação, Relações Humanas e Introdução à Filosofia. Sua peça, O Clarão,um auto de natal escrito em parceria com Lázaro Barreto, é encenada em Divinópolis.
UM DOS TRABALHOS FEITO POR ADÉLIA PRADO:
BELA ADORMECIDA
Estou alegre e o motivo
beira secretamente à humilhação,
porque aos 50 anos
não posso mais fazer curso de dança,
escolher profissão,
aprender a nadar como se deve.
No entanto, não sei se é por causa das águas,
deste ar que desentoca do chão as formigas aladas,
Atitude ou se é por causa dele que volta
e põe tudo arcaico, como a matéria da alma,
se você vai ao pasto,
se você olha o céu,
aquelas frutinhas travosas,
aquela estrelinha nova,
sabe que nada mudou.
O pai está vivo e tosse,
a mãe pragueja sem raiva na cozinha.
Assim que escurecer vou namorar.
Que mundo ordenado e bom!
Namorar quem?
Minha alma nasceu desposada
com um marido invisível.
Quando ele fala roreja
quando ele vem eu sei,
porque as hastes se inclinam.
Eu fico tão atenta que adormeço
a cada ano mais.
Sob juramento lhes digo:
tenho 18 anos. Incompletos.
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Mulheres Negras: histórias, lutas, conquistas...
(08/03/2007 - 12:32)
Brasília, 8/3/07 - Oito de março, Dia Internacional da Mulher. Talvez seja o momento de fazermos

uma reflexão sobre a identidade e resistência da mulher negra brasileira. A mulher que sofre duas vezes mais preconceitos. Pois sofre por ser mulher e por ser negra! E mesmo assim segue forte. E quão forte é a Mulher, quão importante foi a mulher negra para a formação da sociedade brasileira. As negras que sempre se fizeram presentes. Presentes nas senzalas, para o trabalho braçal, como mucamas nas casas grandes, amas de leite, e em todas as outras situações, em que sua presença se fez necessária.
As mulheres que sempre sustentaram o sofrimento de ver seus filhos, maridos, e elas próprias sendo escravizadas. E que hoje lutam para se fazerem presentes, no mercado de trabalho, nas universidades, no mundo da moda, da publicidade. Ela, que ao longo de sua história, tem sido a espinha dorsal de sua família. Que enfrenta a pobreza, a marginalidade e a condição de inferioridade a que é submetida. Mulheres que assistiram à chegada de sua ?liberdade? e continuaram sofrendo e lutando contra a discriminação racial. Mulheres que sempre tiveram os menores salários, os piores cargos. As mais atingidas pela desigualdade de gênero e raça no mercado de trabalho brasileiro.
A Organização Internacional do Trabalho (OIT) mostrou em sua pesquisa que a taxa de desemprego para esse segmento passou de 10% em 1992 para 15,8% em 2005, com crescimento 58%. E mesmo assim, não desanimam. Mesmo com todos esses índices, a população negra ?feminina?, ainda vislumbra uma realidade menos opressora para sua descendência.
A escritora Conceição Evaristo ressalta que apesar desses índices desanimadores, as mulheres negras não podem deixar de lutar e sonhar com um futuro próspero. ?Teoricamente já vivemos em um futuro melhor e podemos continuar almejando melhorias. Já colocamos o dedo na ferida. Do discurso da denuncia, passamos para a cobrança dos nossos direitos?, afirmou a escritora. Quanto às condições de trabalho e saúde da mulher negra, Conceição acredita que só serão revertidas com programas sociais, como as cotas nas universidades federais, nas empresas privadas e, atendimento específico para a saúde da população negra.
Conceição Evaristo é militante do movimento negro e tem na sua história, a mesma de milhares de mulheres que apesar de tudo, tem lutado e conquistado, provando sua competência, se inserindo no mercado de trabalho, e conquistando um espaço significativo no mundo da moda e na publicidade. Mulheres que estão se conscientizando e mostrando para a sociedade sua beleza natural, sem a necessidade de mudar para se aproximar de padrões sociais.
Negras que com suas mão fortes ajudaram a construir o Brasil. Que se tornaram lideranças, e articulam políticas e ações voltadas para a superação das desigualdades no Brasil, inspirando um futuro melhor. ?As nossas mães, avós, bisavós e tataravós representantes legítimas dos antigos quilombos, hoje periferias nos legaram a força da resistência, da capacidade de amar e doar a coragem de romper elos convencionais para buscar formas alternativas de restabelecer o que já há muitos anos está estabelecido e principalmente coragem para dizer, NÃO?, ressalta a rapper Malu Viana. Malu vê um futuro otimista para as guerreiras negras, ?Mulher negra como símbolo sexual ou amas de leite não fazem parte do nosso futuro, pois hoje existem mulheres que têm a ousadia de pensar, discordar, contestar, mas isto apenas reforça nossa tradição na luta pela sobrevivência?, conclui a rapper.
NOSSAS HEROÍNAS:
Maria Filipa - Natural de Itaparica, a heroína negra foi uma liderança destacada em 1822, na luta contra o domínio português, quando comandou dezenas de homens e mulheres, negros e índios, na queima de 42 embarcações de guerra que estavam aportadas na Praia do Convento, prontas para atacar Salvador. Esta ação foi vital para a Independência da Bahia. Em sua biografia destaca-se também a lendária história de quando Maria Felipa usou galhos de cansanção para dar uma surra nos vigias portugueses Araújo Mendes e Guimarães das Uvas.

Luiza Mahin: Trazida à Bahia pelo tráfico de escravos, desempenhou importante papel na Revolta dos malês, última grande revolta de escravos ocorrida em Salvador (1835). Luiza era uma africana inteligente e rebelde que fez sua casa de quartel general das principais lutas abolicionistas. Mãe de Luiz Gama, poeta e abolicionista, ela acabou deportada para a África devido à participação em rebeliões negras. Pertencente à etnia jeje tem seu nome estampado em praça pública, Cruz das Almas, São Paulo.

A DATA:
No dia 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos, situada na cidade norte americana de Nova Iorque, fizeram uma grande greve. Ocuparam a fábrica e começaram a reivindicar melhores condições de trabalho, tais como, redução na carga diária de trabalho para dez horas (as fábricas exigiam 16 horas de trabalho diário), equiparação de salários com os homens (as mulheres chegavam a receber até um terço do salário de um homem, para executar o mesmo tipo de trabalho) e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho. A manifestação foi reprimida com total violência. As mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas, num ato totalmente desumano. Porém, somente no ano de 1910, durante uma conferência na Dinamarca, ficou decidido que o 8 de março passaria a ser o "Dia Internacional da Mulher", em homenagem as mulheres que morreram na fábrica em 1857. Mas somente no ano de 1975, através de um decreto, a data foi oficializada pela ONU (Organização das Nações Unidas).
Mulheres que batalham pela iguladade é mais que uma simples mulher...
é uma guerreira....
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Biografia de Daiane Garcia dos Santos
(um exemplo de mulher esportista.)
Daiane Garcia dos Santos iniciou-se tardiamente no esporte. Foi descoberta pela professora Cleusa de Paula aos 11 anos, quando brincava em uma Praça de Porto Alegre. Começou a treinar na AACETE (Associação dos Amigos do Centro Estadual de Treinamento Esportivo) e depois no Grêmio Náutico União.
Aos 16 anos, conquistou duas medalhas (prata no salto sobre cavalos e bronze por equipes) nos Jogos Pan-americanos de Winnipeg (Canadá). Em 2003, passou a morar em Curitiba e durante o Pan-americano de Santo Domingo ganhou o bronze por equipes.
No mesmo ano, fez história ao se tornar a primeira brasileira a conquistar uma medalha de ouro no Mundial de Ginástica, disputado em Anaheim, na Califórnia, EUA. Além disso, apresentou pela primeira vez o salto "duplo twist carpado", desenvolvido em parceria com o técnico ucraniano Oleg Ostapenko. Consistindo num salto em que a atleta gira em torno de si (twist) e depois dá um mortal duplo, o movimento foi batizado com seu nome, "Dos Santos".
Daiane ganhou medalhas de ouro no solo em Stuttgart e Cottbus (Alemanha) e depois em Lyon (França) e no Rio de Janeiro (Brasil). Nas Olimpíadas de Atenas, em 2004, com problemas no joelho, foi a quinta colocada no solo, mas mostrou o "Dos Santos 2", o duplo twist esticado.
Em dezembro de 2004, ao som da música "Brasileirinho", de Waldir Azevedo, tornou-se Campeã Mundial de solo em Birmingham (Inglaterra). No ano seguinte, a ginasta tentou defender seu título mundial em Melbourne, Austrália, mas acabou em sétimo lugar.
Em Moscou, em 2006, Daiane recebeu a medalha de ouro ao som de "Isto Aqui O Que É?" de Ari Barroso e ganhou a final realizada em São Paulo, mas no Campeonato Mundial de Aarhus (Dinamarca) ficou somente com a quarta colocação.
Em maio de 2007, Daiane disputou a Copa Mundial Ghent, ganhando uma medalha de bronze no solo. No Pan-americano no Rio de Janeiro, sofrendo com uma lesão no tornozelo, Daiane conquistou a medalha de prata por equipe.
Aos 16 anos, conquistou duas medalhas (prata no salto sobre cavalos e bronze por equipes) nos Jogos Pan-americanos de Winnipeg (Canadá). Em 2003, passou a morar em Curitiba e durante o Pan-americano de Santo Domingo ganhou o bronze por equipes.
No mesmo ano, fez história ao se tornar a primeira brasileira a conquistar uma medalha de ouro no Mundial de Ginástica, disputado em Anaheim, na Califórnia, EUA. Além disso, apresentou pela primeira vez o salto "duplo twist carpado", desenvolvido em parceria com o técnico ucraniano Oleg Ostapenko. Consistindo num salto em que a atleta gira em torno de si (twist) e depois dá um mortal duplo, o movimento foi batizado com seu nome, "Dos Santos".
Daiane ganhou medalhas de ouro no solo em Stuttgart e Cottbus (Alemanha) e depois em Lyon (França) e no Rio de Janeiro (Brasil). Nas Olimpíadas de Atenas, em 2004, com problemas no joelho, foi a quinta colocada no solo, mas mostrou o "Dos Santos 2", o duplo twist esticado.
Em dezembro de 2004, ao som da música "Brasileirinho", de Waldir Azevedo, tornou-se Campeã Mundial de solo em Birmingham (Inglaterra). No ano seguinte, a ginasta tentou defender seu título mundial em Melbourne, Austrália, mas acabou em sétimo lugar.
Em Moscou, em 2006, Daiane recebeu a medalha de ouro ao som de "Isto Aqui O Que É?" de Ari Barroso e ganhou a final realizada em São Paulo, mas no Campeonato Mundial de Aarhus (Dinamarca) ficou somente com a quarta colocação.
Em maio de 2007, Daiane disputou a Copa Mundial Ghent, ganhando uma medalha de bronze no solo. No Pan-americano no Rio de Janeiro, sofrendo com uma lesão no tornozelo, Daiane conquistou a medalha de prata por equipe.
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Mulheres que fizeram história e são nomes de ruas, praças e avenidas de São Paulo
A Coordenadoria Especial da Mulher, para comemorar o Dia Internacional da Mulher, lançou o calendário "As mulheres que estão no mapa". O material traz 11 retratos e uma breve biografia de 16 mulheres que nomeiam ruas, praças e outros espaços públicos da cidade. Estão no calendário: Anália Franco, Anita Malfatti, Pérola Byington, Olga Benário, Dina Sfat, Pagu, Bartira, Ernestina Lesina, Maria Lopes, Teresa Carini, Teresa Fabri, Veridiana da Silva Prado, Margarida Maria Alves, Carolina Maria de Jesus, Luísa Mahin e Sonia Maria Lopes Moraes Angel Jones.
Janeiro - Anália Franco
(Avenida Anália Franco, no Tatuapé, zona leste da cidade)
Escritora, professora e jornalista, nasceu em Resende em 1º de fevereiro de 1856. Colaborou em jornais literários e na imprensa feminista. Em 1901, criou a Associação Feminina Beneficiente e Instrutiva de São Paulo, preocupando-se com a miséria e a erradicação do analfabetismo. Em 1903, foi pioneira na criação de creches para filhas e filhos de mães que trabalhavam fora. Em 1906, adquiriu uma fazenda na Móoca e ali inaugurou uma colônia para mulheres. Dessa iniciativa surgiram uma orquestra e um grupo dramático musical. Expandiu seu trabalho centrado na educação e na solidariedade. Morreu em 20 de janeiro de 1919.

Fevereiro - Anita Malfati
(Rua Anita Malfati, na Casa Verde, zona norte da cidade)
Uma das mais importantes artistas plásticas brasileiras, nasceu em 2 de dezembro de 1889, na cidade de São Paulo. Iniciou seus estudos artísticos com a mãe e continuou-os na Academia Real de Berlim, na Alemanha, e no Art Students League e na Independent School of Arts, em Nova York. Em dezembro de 1917, realizou a famosa Exposição de Pintura Moderna - onde Anita Malfati foi atacada por Monteiro Lobato e defendida por Oswald de Andrade, Mário de Andrade, Menotti del Pichia e outros intelectuais e artistas modernistas. Foi uma das participantes históricas da Semana de Arte Moderna em fevereiro de 1922, autora do desenho de abertura do Catálogo da Exposição. Morreu em São Paulo, em 6 de novembro de 1963.
Março - Patrícia Galvão, a Pagu
(Rua Patrícia Galvão, em Itaquera, zona leste da cidade)
Jornalista, escritora e ativista política, nasceu em São João da Boa Vista, SP, em 1910. Começou a atuar como jornalista aos quinze anos, colaborando com o Jornal do Brás.
Aos dezoito anos participava do movimento modernista e em seguida do movimento antropofágico, ao lado de Oswald de Andrade, que depois se tornou seu companheiro. Ingressaram juntos na militância política no Partido Comunista Brasileiro, partido com o qual romperam anos mais tarde. Pagu participou de greves, manifestações políticas de protesto e solidariedade, fundando com Oswald o jornal O Homem do Povo que, por proibição da polícia, durou apenas dois anos. Escreveu o romance Parque Industrial, criticando a sociedade paulistana, abordando a condição dos trabalhadores e trazendo uma nova visão da mulher. Feminista, compromissada com a produção cultural, impulsionou diversos grupos de teatro amador e estudantil, assumindo a direção da União do Teatro Amador de Santos, antes dirigida apenas por homens. Morreu em dezembro de 1962.
(Rua Patrícia Galvão, em Itaquera, zona leste da cidade)
Jornalista, escritora e ativista política, nasceu em São João da Boa Vista, SP, em 1910. Começou a atuar como jornalista aos quinze anos, colaborando com o Jornal do Brás.
Aos dezoito anos participava do movimento modernista e em seguida do movimento antropofágico, ao lado de Oswald de Andrade, que depois se tornou seu companheiro. Ingressaram juntos na militância política no Partido Comunista Brasileiro, partido com o qual romperam anos mais tarde. Pagu participou de greves, manifestações políticas de protesto e solidariedade, fundando com Oswald o jornal O Homem do Povo que, por proibição da polícia, durou apenas dois anos. Escreveu o romance Parque Industrial, criticando a sociedade paulistana, abordando a condição dos trabalhadores e trazendo uma nova visão da mulher. Feminista, compromissada com a produção cultural, impulsionou diversos grupos de teatro amador e estudantil, assumindo a direção da União do Teatro Amador de Santos, antes dirigida apenas por homens. Morreu em dezembro de 1962.

Abril - Bartira
(Rua Bartira, em Perdizes, zona oeste da cidade)
Índia Tupiniquim, viveu no século XVI. Era filha do cacique Tibiriçá, da região da capitania de São Vicente. Foi batizada com o nome de Isabel Dias. Em 1515, casou-se com João Ramalho, português que vivia entre os índios. Eles tiveram muitos filhos e foram considerados, por muitos estudiosos, formadores das famílias paulistanas. Assim, Bartira foi denominada, em muitos de seus textos, a "Mãe do Povo Brasileiro".
(Rua Bartira, em Perdizes, zona oeste da cidade)
Índia Tupiniquim, viveu no século XVI. Era filha do cacique Tibiriçá, da região da capitania de São Vicente. Foi batizada com o nome de Isabel Dias. Em 1515, casou-se com João Ramalho, português que vivia entre os índios. Eles tiveram muitos filhos e foram considerados, por muitos estudiosos, formadores das famílias paulistanas. Assim, Bartira foi denominada, em muitos de seus textos, a "Mãe do Povo Brasileiro".

Maio - Trabalhadoras: Ernestina Lesina, Maria Lopes, Teresa Carini e Teresa Fabri
(Rua Ernestina Lesina, Rua Maria Lopes, Rua Teresa Carini e Rua Teresa Fabri, em Cidade Tiradentes, zona leste da cidade)
Ernestina Lesina, anarquista, dedicada à defesa das mulheres operárias do começo do século, foi uma das fundadoras do jornal operário Anima Vita em São Paulo. Foi uma brilhante oradora em manifestações de trabalhadores, defendendo a emancipação das mulheres e da classe operária. Participou da formação da Associação de Costureiras de Sacos, em 1906, lutando pela redução da jornada de trabalho e pela organização sindical. As mulheres trabalhadoras tiveram papel decisivo nas greves de 1901 a 1917, denunciando maus-tratos e exploração, sobretudo das costureiras e têxteis. Maria Lopes, também teve papel de destaque nas lutas dos trabalhadores. Operária paulista, assinou, em 1906, junto a outras ativistas anarquistas, como Teresa Carini e Teresa Fabri, um Manifesto às Trabalhadoras de São Paulo, publicado no jornal anarquista A Terra Livre, incentivando as costureiras a denunciarem as degradantes condições de vida, jornadas longas e baixos salários.
(Rua Ernestina Lesina, Rua Maria Lopes, Rua Teresa Carini e Rua Teresa Fabri, em Cidade Tiradentes, zona leste da cidade)
Ernestina Lesina, anarquista, dedicada à defesa das mulheres operárias do começo do século, foi uma das fundadoras do jornal operário Anima Vita em São Paulo. Foi uma brilhante oradora em manifestações de trabalhadores, defendendo a emancipação das mulheres e da classe operária. Participou da formação da Associação de Costureiras de Sacos, em 1906, lutando pela redução da jornada de trabalho e pela organização sindical. As mulheres trabalhadoras tiveram papel decisivo nas greves de 1901 a 1917, denunciando maus-tratos e exploração, sobretudo das costureiras e têxteis. Maria Lopes, também teve papel de destaque nas lutas dos trabalhadores. Operária paulista, assinou, em 1906, junto a outras ativistas anarquistas, como Teresa Carini e Teresa Fabri, um Manifesto às Trabalhadoras de São Paulo, publicado no jornal anarquista A Terra Livre, incentivando as costureiras a denunciarem as degradantes condições de vida, jornadas longas e baixos salários.

Junho - Veridiana da Silva Prado(Rua Dona Veridiana, em Higienópolis)
Inconformista e incentivadora do desenvolvimento cultural, artístico e político, nasceu em 1825 em São Paulo. Casou-se aos 13 anos, com um meio irmão do pai por imposição da família, tradicional e abastada. Viveu em fazenda da família até 1848, quando transferiu-se para a capital preocupada com uma boa educação para seus seis filhos. Chocou a sociedade da época quando resolveu separar-se e assumir a chefia da família. Esteve diversas vezes em Paris e, em 1884, de volta a São Paulo, mudou-se para um palacete, que ficou conhecido como Chácara Dona Veridiana. A Chácara tornou-se ponto de encontro de intelectuais, artistas, políticos e cientistas, sediando reuniões sociais e culturais, impulsionando debates políticos e literários. Dona Veridiana chegou a ser ameaçada de morte por seu estilo insubmisso ao papel tradicional das mulheres.

Julho - Pérola Byington
(Praça Pérola Byington, centro da cidade)
Nasceu em dezembro de 1879, em Santa Bárbara, SP, descendente de imigrantes norte-americanos. Em 1930, com a sanitarista Maria Antonieta de Castro, fundou a Cruzada Pró-Infância, entidade voltada ao combate da mortalidade infantil, cujos índices eram assustadores na época. Lutou pela institucionalização do Dia e da Semana da criança, não por motivos comerciais, mas com o objetivo de chamar a atenção sobre os problemas da infância. Procurou influenciar autoridades para a execução de programas voltados ao cumprimento de direitos adquiridos pelas mulheres. Desde 1933 defendia a importância da educação sexual. No Brasil, foi uma das primeiras a defender a divulgação das causas da mortalidade no parto e pós-parto, com a finalidade de melhorar o pré-natal. Nessa defesa, em julho de 1938, na Semana das Mães, fez uma intervenção pública, enfrentando críticas. O Hospital Pérola Byington, criado pela Cruzada Pro-Infância, é hoje administrado pelo Estado e tornou-se referência no atendimento à saúde das mulheres e particularmente das que são vítimas de violência .
(Praça Pérola Byington, centro da cidade)
Nasceu em dezembro de 1879, em Santa Bárbara, SP, descendente de imigrantes norte-americanos. Em 1930, com a sanitarista Maria Antonieta de Castro, fundou a Cruzada Pró-Infância, entidade voltada ao combate da mortalidade infantil, cujos índices eram assustadores na época. Lutou pela institucionalização do Dia e da Semana da criança, não por motivos comerciais, mas com o objetivo de chamar a atenção sobre os problemas da infância. Procurou influenciar autoridades para a execução de programas voltados ao cumprimento de direitos adquiridos pelas mulheres. Desde 1933 defendia a importância da educação sexual. No Brasil, foi uma das primeiras a defender a divulgação das causas da mortalidade no parto e pós-parto, com a finalidade de melhorar o pré-natal. Nessa defesa, em julho de 1938, na Semana das Mães, fez uma intervenção pública, enfrentando críticas. O Hospital Pérola Byington, criado pela Cruzada Pro-Infância, é hoje administrado pelo Estado e tornou-se referência no atendimento à saúde das mulheres e particularmente das que são vítimas de violência .

Agosto - Margarida Maria Alves
(Rua Margarida Maria Alves, em Vila Matilde, zona leste da cidade)
Trabalhadora rural e sindicalista, nasceu em 1933, na Paraíba. Destacou-se na luta dos trabalhadores rurais do brejo paraibano por direitos trabalhistas, como o registro em carteira, jornada de oito horas, 13o. salário, férias, repouso remunerado. Teve participação importante na criação e fortalecimento dos sindicatos rurais e foi uma das fundadoras do Centro de Educação e Cultura do Trabalhador Rural. Era presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Alagoa Grande, região canavieira da Paraíba, quando foi assassinada, em 12 de agosto de 1983, por um pistoleiro, a mando de latifundiários. Sua morte, até hoje impune, segue provocando protestos e manifestações dos trabalhadores rurais e do movimento de mulheres no Brasil. Seu nome inspirou as duas Marcha das Margaridas, importante ação do movimento nacional de trabalhadoras rurais.
(Rua Margarida Maria Alves, em Vila Matilde, zona leste da cidade)
Trabalhadora rural e sindicalista, nasceu em 1933, na Paraíba. Destacou-se na luta dos trabalhadores rurais do brejo paraibano por direitos trabalhistas, como o registro em carteira, jornada de oito horas, 13o. salário, férias, repouso remunerado. Teve participação importante na criação e fortalecimento dos sindicatos rurais e foi uma das fundadoras do Centro de Educação e Cultura do Trabalhador Rural. Era presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Alagoa Grande, região canavieira da Paraíba, quando foi assassinada, em 12 de agosto de 1983, por um pistoleiro, a mando de latifundiários. Sua morte, até hoje impune, segue provocando protestos e manifestações dos trabalhadores rurais e do movimento de mulheres no Brasil. Seu nome inspirou as duas Marcha das Margaridas, importante ação do movimento nacional de trabalhadoras rurais.

Setembro - Olga Benário
(Rua Olga Benário, na Brasilândia, zona norte da cidade)
Militante comunista alemã, nasceu em Munique, em 1908. Aos quinze anos aderiu à Juventude Comunista, tornando-se ativista do movimento comunista internacional. Presa algumas vezes em seu país, após ações e manifestações políticas, refugiou-se em Moscou, onde conheceu o líder Luis Carlos Prestes, já no Partido Comunista Brasileiro -PCB. Em 1934,veio para o Brasil com Prestes, com orientação do partido para zelar por sua segurança. Tornou-se depois sua companheira.
O Partido Comunista Brasileiro, organizou a Aliança Nacional Libertadora (ANL), um movimento anti-fascista com caráter massivo que, a partir de 1935, promoveu levantes armados e revoltas. A repressão ao movimento foi dura e ambos foram presos. Olga estava grávida. Uma campanha de solidariedade não conseguiu impedir que o governo brasileiro a deportasse para a Alemanha, para ser entregue aos nazistas, em setembro de 1936. Em uma prisão de mulheres em Berlim teve sua filha Anita Leocádia Prestes que foi salva por uma campanha internacional liderada por Leocádia Prestes, mãe de Prestes, sendo a ela entregue em 1938, quando tinha 14 meses. Depois disso, Olga foi transferida para vários campos de concentração, sendo assassinada em 1942.
(Rua Olga Benário, na Brasilândia, zona norte da cidade)
Militante comunista alemã, nasceu em Munique, em 1908. Aos quinze anos aderiu à Juventude Comunista, tornando-se ativista do movimento comunista internacional. Presa algumas vezes em seu país, após ações e manifestações políticas, refugiou-se em Moscou, onde conheceu o líder Luis Carlos Prestes, já no Partido Comunista Brasileiro -PCB. Em 1934,veio para o Brasil com Prestes, com orientação do partido para zelar por sua segurança. Tornou-se depois sua companheira.
O Partido Comunista Brasileiro, organizou a Aliança Nacional Libertadora (ANL), um movimento anti-fascista com caráter massivo que, a partir de 1935, promoveu levantes armados e revoltas. A repressão ao movimento foi dura e ambos foram presos. Olga estava grávida. Uma campanha de solidariedade não conseguiu impedir que o governo brasileiro a deportasse para a Alemanha, para ser entregue aos nazistas, em setembro de 1936. Em uma prisão de mulheres em Berlim teve sua filha Anita Leocádia Prestes que foi salva por uma campanha internacional liderada por Leocádia Prestes, mãe de Prestes, sendo a ela entregue em 1938, quando tinha 14 meses. Depois disso, Olga foi transferida para vários campos de concentração, sendo assassinada em 1942.

Outubro - Dina Sfat(Rua Dina Sfat, no Jardim Míriam, zona sul da cidade)
Atriz, nasceu em 28 de outubro de 1938, em São Paulo. Estreou em 1961, na peça Os fuzis da senhora Carrar, de Bertold Brecht, no Festival Nacional de Estudantes de Porto Alegre. Em 1966, começou a atuar na televisão com a novela Ciúme, na TV Tupi. Trabalhou ainda em novelas na TV Record e na TV Excelsior e atuou em diversos filmes, recebendo prêmios nacionais e internacionais. Atuou também no Teatro de Arena em São Paulo. Defendeu a liberdade de expressão durante o regime militar, quando estava no auge de sua carreira na televisão. Participou também da luta das mulheres por uma cidadania plena, posando para a capa da Revista Isto É com um cartaz em defesa da descriminalização do aborto. Teve câncer de mama e continuou a trabalhar até sua morte, em março de 1989.
Novembro - Carolina Maria de Jesus
(Rua Carolina Maria de Jesus, em Sapopemba, zona leste da cidade)
Escritora, nasceu em 1914, na cidade de Sacramento, em Minas Gerais. Era descendente de escravos, trabalhava na lavoura com sua mãe e mantinha o hábito de fazer anotações sobre as experiências que vivia. Em 1947, mudou-se para São Paulo, onde trabalhou como empregada doméstica, auxiliar de enfermagem e artista de circo. Desempregada, foi morar na favela do Canindé, onde teve seus filhos. Sustentava-se com o que tirava do lixo. Em maio de 1958, foi descoberta pelo jornalista Audálio Dantas que, à sua revelia, publicou trechos de seu diário no jornal Folha da Noite. Com a enorme repercussão, em 1960 seus textos foram publicados em Quarto de Despejo, livro que vendeu 90 mil exemplares e foi traduzido para 29 idiomas. Publicou mais alguns livros, sem alcançar o mesmo sucesso obtido com o primeiro. Em 1976, Quarto de Despejo recebeu nova edição e Carolina voltou a ser centro das atenções. Morreu em 13 de fevereiro de 1977, em São Paulo, deixando 15 livros escritos.

Africana da nação nagô-jeje, depois de liberta, fez de sua casa quartel general de todos os levantes escravos que abalaram a Bahia entre 1800 e 1940 , tendo sido uma das articuladoras da Revolta dos Malês, em 1835 . Foi presa no Rio de Janeiro e, provavelmente, deportada para a África

Dezembro - Sonia Maria Lopes Moraes Angel Jones
(Rua Sonia Maria Lopes Moraes Angel Jones, na Chácara das Corujas, zona sul da cidade)
Nascida em novembro de 1946, no interior do Rio Grande do Sul, lutou contra a ditadura militar no país quando estudante universitária e professora. Foi presa em 1969. Depois de absolvida, passou a viver na clandestinidade e exilou-se na França. Retornou ao Brasil, para participar da luta de resistência à ditadura, depois que seu companheiro, Stuart Angel Jones, foi preso, torturado e assassinado. Militante da organização de esquerda Ação Libertadora Nacional (ALN), foi assassinada em 1973, aos 27 anos, em São Paulo. Os militares informaram que foi morta em combate. Na realidade, foi capturada e barbaramente torturada até a morte pelos órgãos da repressão. Sonia foi enterrada como indigente no cemitério de Perus e seus restos mortais foram localizados graças aos esforços das entidades que atuam em apoio às famílias de mortos e desaparecidos políticos. Sobre essa história foi realizado o vídeo Sonia morta e viva, de Sérgio Waismann.
(Rua Sonia Maria Lopes Moraes Angel Jones, na Chácara das Corujas, zona sul da cidade)
Nascida em novembro de 1946, no interior do Rio Grande do Sul, lutou contra a ditadura militar no país quando estudante universitária e professora. Foi presa em 1969. Depois de absolvida, passou a viver na clandestinidade e exilou-se na França. Retornou ao Brasil, para participar da luta de resistência à ditadura, depois que seu companheiro, Stuart Angel Jones, foi preso, torturado e assassinado. Militante da organização de esquerda Ação Libertadora Nacional (ALN), foi assassinada em 1973, aos 27 anos, em São Paulo. Os militares informaram que foi morta em combate. Na realidade, foi capturada e barbaramente torturada até a morte pelos órgãos da repressão. Sonia foi enterrada como indigente no cemitério de Perus e seus restos mortais foram localizados graças aos esforços das entidades que atuam em apoio às famílias de mortos e desaparecidos políticos. Sobre essa história foi realizado o vídeo Sonia morta e viva, de Sérgio Waismann.
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A mulher é memória sempre viva do mundo, é maestrina da humanidade, é semelhante às árvores-mães. Todas são responsáveis pelo presente e futuro da história do mundo.

O Mês Político da Mulher
A mulher e a sua política de ser e representar seus papéis em cada canto do planeta faz da própria mulher de todos os milênios, de todos os séculos e de todas as décadas, a grande revolução do mundo. Mas... em sua maioria, passa fome, é vitima de violência
e jamais terá anéis em seus dedos, no lugar de calos que doem em sua alma sofrida.
Na pré-história as mulheres eram sagradas; Todos os deuses eram femininos. Os
homens não sabiam como as mulheres engravidavam e, por isso, acreditavam que elas
recebiam, diretamente das divindades, a mensagem de uma nova vida, através de seus corpos. Nessa época, os homens eram nômades, saiam para buscar alimento, e as
mulheres em bandos, ficavam cuidando dos filhos, em seu "lar pré-histórico".
Após milhares de anos as mulheres foram descobrindo a coisa moderna da agricultura.
Mas com os afazeres domésticos, a mulher não pude assumir com o seu companheiro,
o trabalho na agricultura e controle dos negócios. Assim, ela tinha somente a função de
procriar e acompanhar os filhos, sem nunca ter a chance de atividades fora de casa.
Ao longo da história a mulher já foi vista como feiticeira, bruxa, demônio, deusa, anjo,
santa, heroína. O século XX permitiu-a, por si só, redefinir o seu papel. A ciência do
século XX foi a porta libertadora da mulher. De um lado, as máquinas passaram a fazer
parte de sua liberdade para sair de casa para o trabalho, ao mesmo tempo em que as
mulheres se tornam vítimas das máquinas e dos patrões que a consideravam apenas
um instrumento de trabalho, sem direitos.
No século XX, a mulher conquista, com luta, morte e perseverança, as condições de
igualdade para disputar o mercado de trabalho. A grande disputa foi e continua sendo
nesse início de século XXI, a EXCELÊNCIA, não importa o gênero.
Com o tempo e o espaço em suas mãos, nesse decorrer de décadas, a mulher vem, a
cada dia e rapidamente, em todo o mundo, ampliando sua participação nos variados
campos de atuação, em todas as áreas e circunstâncias da sociedade contemporânea.
Através do séculos podemos ver que os homens jamais caminharam sozinhos. Em todas as civilizações tiveram suas cúmplices de sonhos e realizações, tanto no lado
do bem, quanto do mal.
Mas para fazer uma homenagem mais abrangente, temos que no referir um pouco às mulheres dos Milênios... De mulheres revolucionárias, às mulheres rainhas, de outras
tantas condenadas às fogueiras da Idade Média; De Sócrates e Xantina; De Madame
Curie, às importantes mulheres revolucionárias até chegarmos aos dias atuais em que
mulheres ocupam cargos de chefia na NASA;
Da primeira mulher vítima de violência por lutar em defesa do voto feminino, no início do século XX à nossa contemporaneidade, na qual vemos que uma jovem mulher francesa
é candidata às próximas eleições para a Presidência da França, e outra, ocupa cargo no Governo Alemão, a Mulher tem sido grande conquistadora do planeta, por ter visto sua competência e convencido o mundo político, através de muitas lutas, vitórias e de
sua capacidade co excelência, em todos os campos do saber e do conhecimento.
No dia-a-dia, o mundo está também cheio de Madres Tereza de Calcutá que a Mídia ainda não descobriu; Apesar das guerras terríveis a humanidade está repleta de amores
que superam, o amor de Romeu e Julieta; Ainda existem mulheres que vivem como na
época da Santa Inquisição, quando Branca Dias foi condenada à fogueira; E quantas
Madalenas arrependidas pelo mundo? Quantas mil mulheres trabalham e estudam para superar seus limites? Não são todas heroínas aquelas que conseguem sobreviver aos
casamentos infelizes? Não são todas indispensáveis, as mulheres que possuem éticas
em todos os momentos de suas vidas, porque a dignidade é sua bandeira?
A poesia do Dia da Mulheres é mais do que nunca uma grande homenagem a esse gênero o ser mulher, pois além da mensagem repleta de frases significativas tem-se aí a lembrança também do seu dia, o qual remete ao 8 de março-Dia Internacional Da Mulher, momento de reflexão na história desse gênero bem como na construção do mundo!
ResponderExcluirIvonete Rufino, 2008.1-vespertino
O dia internacional da mulher deveriam ser todos os dias, pois com grande luta e coragem elas fizeram grandes conquistas mostrando sua capacidade de articular com outros segmentos de culturas diferentes, mas com o mesmo objetivo de quebrar o preconceito que a cada dia os rodeia.(Davina)
ResponderExcluirTecendo historia
Turma 2008.1vespertino
Adorei a poesia em homenagem as mulheres, as palavras foram mto bem utilizadas para definir esse genero tão maravilhoso. As mulheres estão cada dia mais conseguindo seu espaço!!
ResponderExcluir(Sheylla Nunes)
É impotante também que a mulher do terceiro milênio encontre uma maneira nova, em parte ainda desconhecida, de se aceitar, avaliar e programar. Infeliz da mulher e da própria sociedade se, nessa busca de afirmação, não priorizasse o desenvolvimento das características e valores que lhe são peculiares.
ResponderExcluir2008.1 vesp
achei muito interessante e muito justa as homenagens às mulheres, pois estas sao as verddeiras protagonistas da historia.
ResponderExcluircamila neiva
vespertino 2008.1
Belissímo calendario paulista que vocês postaram! acredito que estas mulheres são merecedoras de tal homenagem, uma vez que foram responsáveis por significativas lutas socias, culturais, artístistica e muitas por buscar seu lugar merecido acabaram perdendo a vida ou sendo presas. o calendário "As mulheres que estão no mapa faz uma bela colacaçao das mulheres que "escreveram nomes"!
ResponderExcluirabraços,
Marlene Goes, turma2008.1, vespretino.
Muito bacana o texto que tem como tema "o mês politico da mulher"...Mostra a verdadeira história de conquista da mulher no mercado de trabalho, na sociedade e na sua própria identidade. A mulher é simbolo de competência, perserverança...a mulher é simbolo de vitória!!!
ResponderExcluirNorma ( 2008.1)
Muito bom esta postagem sobre o nome de mulheres com grandes e belíssimas histórias. Penso que esta é uma maneira destes nomes serem lembrados por todos. Mais uma vez a mulher esta a cada dia conquistando um espaço na sociedade.
ResponderExcluirQueila 2008.1
O dia internacional da mulher deve sim ser lembrado principalmente para que a sociedade abra os olhos para a violência contra a mulher, e também para mostrar pro mundo que a mulher vem conquistando espaço e vencendo lutas. Interessantíssima a postagem por informar os principais marcos da mulher.
ResponderExcluirComo cerca de metade da população mundial é composta de mulheres, nada melhor, que um dia especial para nós mas, que não fiquemos apenas em comemorações, e sim, levemos adiante o principal objetivo da data, questionar a igualdade de direitos em todo o âmbito da sociedade, levando as pessoas a modificar o pensamento individual e a ação social.(Anete, 2008.1)
ResponderExcluirPARABÉNS...
ResponderExcluirO BLOG É MARAVILHOSO...
MUITOOOOOOOOOOOOOO BOMMMMMMMMMMMMMM...
Gostei muito da história de Bertha Lutz, ela provou que a luta e defesa de um ideal é o que nos norteia em nossa sociedade líquida, pois tudo que é sólido se desmancha no ar.
ResponderExcluirTiago Pinto Vilas Boas
MUITO BOM O TEXTO "MULHERES NEGRAS HISTÓRIAS LUTAS E CONQUISTAS", POIS NOS FAZ RELEMBRAR BEM DO SOFRIMENTO NÃO SÓ DAS MULHARES NEGRAS, MAS TODOS OS NEGROS QUE SOFRERAM COM A ESCRAVIZAÇÃO...ESSE TEXTO NOS FAZ VER A EVOLUÇÃO DA MULHER PERANTE A SOCIEDADE.
ResponderExcluirNORMA (2008.1)
É um grande privilégio para sociedade brasileira ter uma mulher dentre várias que se destacam no esporte com tanto vigor.Apesar de ser mulher e negra que ainda é bastante questionável nas sociedades, esta Daiane mostra garra em seus talentos,que muitas vezes essas qualidades faltam no ser humano, por conta de tamanho preconceito.2008.1, vespertino.
ResponderExcluirA mulher sempre faz a diferença! A mulher está se libertando do excesso de opressão, desencadeando o processo de emancipação no qual a sociedade ganha uma dimensão mais humana, abrindo espaços para um complemento inovador!
ResponderExcluirCada mulher com sua pureza e o encantamento consegue ter forca para fazer diferença dentro de uma sociedade que e taxada de machista. Mas sabemos que cada dia que passa as mulheres consegue conquistar o seu espaço.
ResponderExcluirCom esta história, percebemos que podemos fazer grandes coisas com pequenos atos, tornando a vida melhor. Parabéns pela a matéria só assim as mulheres tem o seu lugar e o seu espaço na sociedade. (Davina)
2008.1. Vesp. 6º Sem. Luciene Soares Oliveira, disse:
ResponderExcluirNo texto Mulheres negras. ´É possível fazer uma viagem no tempo e perceber o quanto foi e é árduo o caminho percorrido e a percorrer pelas mulheres, principalmente as mulheres negras, a fim de serem respeitadas, terem seus direitos reconhecidos e viver com a dignidade que lhes é devida. Este texto nos chama a atenção para a responsabilidade que cada um de nós, não só as mulheres têm de tornar essa jornada menos dolorosa, para todas as mulheres.
Falar de mulher, falar da gente! Que carrega este mundo no ventre e nos ombros. Braços fortes, mentes atentas para o trabalho para trazer o sustento e o sustento para fazer o trabalho.
ResponderExcluirGostei muito dos textos e a organização do seu blog.